Nossos ouvidos são considerados uma estrutura avançada. Porém, esses órgãos são também muito sensíveis, logo, a qualquer descuido, eles podem ser acometidos por infecções. Dependendo do tipo de inflamação, somente a mastoidectomia cura o problema.
Aliás, você sabe o que é mastoidectomia? Esse tipo de cirurgia é indicada em situações específicas e requer alguns cuidados para que os resultados sejam satisfatórios. Vale lembrar, contudo, que apenas o médico especializado está habilitado a realizar o procedimento cirúrgico.
Neste post, vamos explicar o que é mastoidectomia, como é feita a cirurgia, quais os cuidados necessários no pré e no pós-operatório, quais os riscos dessa intervenção cirúrgica e como evitá-los. Veja!
A mastoidectomia é uma cirurgia realizada para tratar dois tipos de otite crônica (inflamação), a supurativa e a colesteatomatosa. No primeiro caso, a infecção já não é suprimida com a terapia medicamentosa, por isso, é preciso realizar o procedimento cirúrgico para curá-la.
Da mesma forma, a otite crônica colesteatomatosa exige a intervenção por causa da presença de colesteatoma no ouvido, ou seja, o crescimento de pele no interior do órgão. Nessa situação, estruturas no canal da audição podem ser afetadas, como o nervo da face, o tímpano e o labirinto.
É importante ressaltar que as otites crônicas são provocadas pela ação de vírus e bactérias, os quais se proliferam no canal auditivo. Qualquer lesão na região que bloqueie a ventilação do ouvido médio — como as decorrentes de um resfriado, por exemplo —, favorece o surgimento desses tipos de infecções.
Pacientes com otite são acometidos por vazamento de secreção no ouvido, além de inchaço, vermelhidão, dor (no canal auditivo e de cabeça), latejamento, febre, sensibilidade, irritabilidade e cansaço. Em casos mais graves, a doença é responsável pela perda da audição. Logo, a mastoidectomia é necessária para devolver a essas pessoas a saúde e uma melhor qualidade de vida.
A mastoidectomia inicia com a aplicação de anestesia seguida de uma incisão atrás da orelha, que possibilita a exposição do ouvido e da mastoide (osso situado na região, o qual podemos palpar). Logo depois, o cirurgião utiliza um microscópio para examinar o local.
Após identificar os tecidos lesionados, é preciso realizar a limpeza. Para isso, o médico conta com a ajuda de um micromotor. O procedimento expõe o tímpano e permite observar se essa área também foi afetada. Em caso positivo, ela deverá ser higienizada.
Determinadas situações exigem a retirada dos ossos presentes no canal auditivo (martelo, bigorna e estribo), devido à colesteatoma ou à gravidade da infecção no local. Os médicos chamam essa cirurgia de mastoidectomia radical, por meio da qual o ouvido e a mastoide tornam-se uma só cavidade.
Por sua vez, quando o tímpano é perfurado por otite crônica ou outro tipo de infecção, é necessário realizar a correção por meio de um procedimento denominado timpanoplastia. Nesse caso, o cirurgião faz a incisão atrás da orelha ou por dentro do conduto externo da audição. A lesão é corrigida com enxerto retirado de membrana que recobre a cartilagem do ouvido ou o músculo temporal.
A mastoidectomia é um procedimento cirúrgico que pode ser necessário em determinadas condições relacionadas ao ouvido médio e à mastoide, embora seja uma intervenção relativamente comum, é essencial entender as indicações corretas para essa cirurgia.
A seguir, exploraremos as principais situações em que a mastoidectomia é recomendada, proporcionando uma visão abrangente sobre o assunto.
A otite média crônica é uma condição na qual ocorrem infecções recorrentes e inflamação no ouvido médio. Quando o tratamento conservador falha em controlar os sintomas ou quando a infecção se torna crônica, a mastoidectomia pode ser indicada. O procedimento visa remover o tecido infectado da mastoide, proporcionando alívio aos pacientes.
A mastoidite aguda é uma infecção bacteriana aguda da mastoide, que pode ocorrer como uma complicação da otite média. Quando a mastoidite não responde adequadamente ao tratamento com antibióticos intravenosos e pode levar a complicações graves, como abscessos ou disseminação da infecção, a mastoidectomia é necessária para drenar a infecção e evitar danos maiores.
Em certos casos, complicações da otite média podem ocorrer, como a formação de colesteatoma, que é uma lesão benigna, porém destrutiva, que pode se desenvolver na orelha média. A mastoidectomia é frequentemente recomendada para remover o colesteatoma e evitar danos adicionais aos ossos e estruturas auditivas.
Embora seja raro, tumores benignos ou malignos podem se desenvolver no osso temporal. Quando detectados, é necessário realizar a mastóidectomia para a remoção segura do tumor. Essa intervenção é realizada em conjunto com um plano de tratamento oncológico adequado.
Alguns indivíduos podem nascer com malformações congênitas no ouvido médio e no osso temporal. Em casos em que essas anomalias comprometem a audição, a mastóidectomia pode ser indicada como parte de um plano de tratamento para corrigir a estrutura anormal e melhorar a função auditiva.
Em resumo, a mastóidectomia é um procedimento cirúrgico que desempenha um papel crucial no tratamento de diversas condições relacionadas ao ouvido médio e à mastóide.
No entanto, cada caso é único, e a necessidade de uma mastóidectomia deve ser determinada por um profissional médico especializado. Se você está enfrentando algum problema relacionado ao ouvido médio, consulte um otorrinolaringologista para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.
Em geral, os resultados da mastoidectomia são sentidos a curto prazo, afinal, quando as otites crônicas são tratadas, os sintomas decorrentes dessas infecções também desaparecem. Para tanto, é essencial seguir as recomendações médicas no pré e no pós-operatório. Saiba, a seguir, quais são elas!
Qualquer procedimento cirúrgico acarreta riscos — com a mastoidectomia, portanto, não é diferente. Descubra, agora, quais são eles!
Embora um dos objetivos da cirurgia seja proporcionar a melhora da audição, em alguns casos ocorre o contrário, — inclusive, há quem perca completamente a capacidade de ouvir. Por isso, é importante procurar um profissional altamente capacitado para realizar o procedimento.
As infecções surgem ou por descuido do paciente ou porque o procedimento cirúrgico não foi suficiente para tratá-las. Nesse caso, é preciso recorrer aos remédios e aos curativos ou, até mesmo, passar novamente pela cirurgia, dependendo da recomendação médica.
São quase nulas as chances de o paciente sentir fraqueza ou paralisia dos músculos da face. Porém, como o nervo facial atravessa o interior do ouvido, há situações em que isso ocorre. A boa notícia é que o desconforto, em geral, é passageiro.
O zumbido é um dos sintomas das otites crônicas e pode persistir logo após a cirurgia. Ainda assim, é importante comunicar o médico para o correto acompanhamento. Já a tontura é rara e, geralmente, provisória.
Alguns pacientes deixam de sentir o sabor dos alimentos ou queixam-se de que eles estão com o gosto metálico. Isso acontece quando há a manipulação do nervo do tímpano, o qual também tem função gustativa. Contudo, essa sensação é passageira.
Para evitar os riscos decorrentes do procedimento, é essencial seguir à risca os cuidados no pré e no pós-operatório. Além disso, a orientação é procurar por uma clínica renomada e de confiança, cujos profissionais tenham a experiência e o know-how necessários para atender o paciente com o melhor que a medicina oferece.
E então, aprendeu o que é mastoidectomia, como é feita e os cuidados necessários para o sucesso da cirurgia? Por fim, lembre-se de que a qualquer sinal de incômodo nos ouvidos, é preciso procurar o médico de imediato para investigar o problema e tratá-lo o mais rápido possível, combinado?
Já tinha ouvido falar na mastoidectomia? Você passou ou conhece alguém que tenha passado por esse procedimento cirúrgico? Que tal nos contar sobre a experiência? Fique à vontade para comentar a respeito do assunto!
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