Fundamental para o bom funcionamento do nosso corpo, a respiração é um processo que influencia não apenas no físico, mas também no emocional e no psicológico do ser humano. Infelizmente, o processo de inspirar e expirar não é tão simples para todas as pessoas, fato que prejudica especialmente a qualidade do sono. Existem vários motivos que podem levar alguém a ter dificuldade para respirar, a hipertrofia de cornetos é um deles.
Quer saber mais sobre esse problema que afeta os “filtros” do nosso nariz? Então continue a leitura!
O nariz tem uma estrutura formada por três cornetos, que estão presentes em cada narina: o inferior, superior e médio. Essas estruturas, formadas por osso, tecido esponjoso e mucosa, têm a função de aquecer e umedecer o ar, preparando-o para chegar ao pulmão.
Um quadro de hipertrofia de cornetos ocorre quando essa estrutura apresenta tamanho avantajado, impossibilitando um bom funcionamento nasal devido à obstrução da passagem de ar. O corneto inferior costuma ser o que exerce mais influência nessa obstrução.
Os sintomas são, basicamente, alterações respiratórias. Mas, além da dificuldade de respiração, outros sintomas decorrentes dessas alterações são:
Os sintomas podem até lembrar um quadro de gripe ou resfriado, mas possuem uma diferença significativa: na hipertrofia de cornetos os sintomas não aliviam.
Ao identificar os sintomas, o recomendado é buscar pelo atendimento de um otorrinolaringologista. Esse profissional é o mais indicado devido ao conhecimento que sua especialização lhe proporciona. Ele é capacitado para diagnosticar alterações no ouvido (oto), nariz (rino) e garganta (laringo).
Chegando ao consultório, a investigação envolverá a realização de exames a fim de avaliar o quadro. Endoscopia nasal, espéculo otológico, tomografia e rinoscopia são alguns dos exames mais comuns. Além disso, o profissional observa possíveis malformações congênitas, edemas, infecções ou alterações anatômicas — todos problemas que podem ter originado o quadro.
A hipertrofia dos cornetos é causada pelo aumento do tamanho das estruturas. Esse aumento, por sua vez, pode estar associado a problemas como a rinite alérgica. Nesse caso, especificamente, as estruturas respiratórias inflamam e aumentam como resposta à presença dos fatores desencadeantes da alergia.
Existe, também, a possibilidade do aumento ser ocasionado por sinusite crônica ou por alterações na estrutura do nariz, sendo o desvio de septo a condição mais comum. Nesse caso, a parede que separa as narinas apresenta alguma alteração (ocasionada por pancadas ou resultado de má formação durante a vida fetal).
Sim, existe. O tratamento é definido com base no grau de hipertrofia, sintomas e causa. Sendo assim, ele pode variar e ser tanto clínico quanto cirúrgico. Confira abaixo quando cada um é indicado, bem como suas particularidades.
Essa é a escolha quando se identifica que a hipertrofia das conchas nasais está associada a condições como rinite alérgica. Nesse caso, o tratamento é medicamentoso e visa reduzir os sintomas da rinite e, consequentemente, melhorar a obstrução nasal.
O uso de medicamentos também é a melhor opção quando a hipertrofia não é significativa e não compromete tanto a passagem do ar. Descongestionantes nasais e corticoesteroides são alguns dos fármacos comumente prescritos para aliviar a inflamação e reduzir o tamanho dos cornetos.
Esse tipo de intervenção é a mais indicada nos casos em que o tratamento clínico não resolve o problema ou quando a obstrução compromete significativamente a passagem de ar. É comum que os pacientes combinem o procedimento com intervenções estéticas, tais como a melhora da giba nasal. Nesses casos, a cirurgia cuida tanto do aspecto estético quanto funcional do nariz.
Esse procedimento consiste na retirada da parte do corneto que está com o volume aumentado. Indicado para os casos mais graves de hipertrofia, é uma técnica também chamada de turbinectomia parcial ou turbinoplastia. Embora considerado de baixo risco e simples, o pós operatório envolve repouso de 48 horas e leves sangramentos no nariz ou garganta são classificados como comuns.
Utilizada nos casos de hipertrofia leve e moderada, a técnica consiste na cauterização elétrica do corneto avantajado. Pode ser feita no consultório, sob anestesia tópica/local ou no centro cirúrgico, sob anestesia geral. O pós operatório costuma ser indolor e definido como confortável pelos pacientes.
Utilizado especialmente nos casos de hipertrofia de cornetos causada por desvio de septo, o procedimento corrige esse problema e possibilita ao paciente uma melhora significativa na respiração. Geralmente o paciente recebe alta no mesmo dia ou, no máximo, um dia após a cirurgia. Dores e desconfortos são comuns na recuperação, que leva cerca de uma semana
O ideal é que o tratamento inicie logo após a apresentação dos sintomas, mesmo que o início seja caracterizado apenas por um acompanhamento médico. Dessa forma, a pessoa não tem sua qualidade de sono e vida tão prejudicada por tanto tempo.
O melhor tratamento depende de cada caso e só pode ser definido pelo médico especialista. Tanto o clínico quanto o cirúrgico apresentam bons resultados, então a eficácia dependerá dos sintomas e da gravidade da condição.
Como vimos, em alguns casos o tratamento medicamentoso é a primeira tentativa e, diante da ineficácia, se opta pela intervenção cirúrgica. Isso indica a importância do acompanhamento médico, pois permite que o profissional observe a resposta do corpo ao tratamento.
A hipertrofia de cornetos é uma condição que afeta consideravelmente a qualidade de vida de quem sofre com o problema, visto que prejudica a respiração, processo tão importante em nosso dia a dia. Felizmente, os otorrinolaringologistas estão preparados e têm muitos tratamentos à disposição de quem vai ao consultório com os sintomas. Agora que você já os conhece, sabe quem procurar caso precise.
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