Muitas pessoas sofrem de alergias e doenças respiratórias ou têm dificuldade para dormir e não entendem qual o motivo desses sintomas indesejados. Você sabia que esses são alguns dos principais sinais da carne esponjosa? Aliás, o que é, qual a causa e as formas de tratar esse problema, afinal?
Antes de mais nada, é preciso esclarecer que a carne esponjosa é um problema na adenoide, glândula linfoide situadas entre a parte de trás do nariz e da garganta. Elas servem para proteger o nosso organismo de agentes infecciosos — vírus, bactérias, partículas aéreas. No entanto, quando crescem demais, prejudicam a nossa respiração.
Chamada no linguajar médico de hipertrofia na adenoide, a carne esponjosa tem cura. Neste artigo, vamos explicar as causas e os sintomas do problema, a relação com o desvio de septo, a forma como afeta a respiração e maneiras de solucioná-lo. Veja!
Carne esponjosa é o aumento da adenoide. Na verdade, esse tecido cresce naturalmente a partir dos dois anos e atinge o pico de desenvolvimento dos três aos quatro anos.
Aos sete, por sua vez, ele começa a diminuir. Porém, quando o tamanho expande além do normal — seja em crianças, seja em adultos —, é preciso procurar o otorrinolaringologista para investigar o problema.
Quais as causas e os sintomas da hipertrofia na adenoide?
As causas da carne esponjosa ainda são investigadas. É sabido que ela costuma atingir mais as crianças, especialmente na fase de aumento natural do tecido. Quando cresce demais, a glândula bloqueia a passagem de ar pela cavidade nasal, o que provoca desconforto.
Em adultos, a hipertrofia da adenóide indica diferentes problemas de saúde, como tumores no local, câncer de nasofaringe, linfoma de Hodgkin ou não-Hodgkin, granulomatose de Wegener (inflamação nos tecidos e nos vasos situados na região) e infecção pelo vírus HIV.
É preciso se atentar aos sintomas dessa alteração, que afeta tanto quem tem problemas alérgicos e respiratórios como quem está livre deles. Os principais sinais da carne esponjosa são os seguintes:
Muitas pessoas relacionam a carne esponjosa com o desvio de septo nasal. Isso acontece porque ambas as alterações causam a obstrução da passagem de ar até os pulmões e, por conseguinte, originam uma série de sintomas, além de prejudicarem a respiração. Logo, é fundamental procurar o especialista para tratá-las.
No entanto, o septo é a estrutura nasal que divide o lado esquerdo do direito do nariz, de forma a garantir a correta passagem da corrente de ar. Logo, o desvio a torna inclinada, o que favorece o surgimento de cornetos médios cheios de bolhas e a hipertrofia do corneto inferior, ocupando a parte “vazia”.
Embora a carne esponjosa apareça independentemente dos sintomas alérgicos e respiratórios, pessoas — principalmente crianças — que têm reiteradas infecções na garganta e na adenoide podem sofrer também com a hipertrofia da glândula. Em decorrência disso, há a obstrução do canal respiratório, o que aumenta o risco da concentração de bactérias e vírus na região.
Por esse motivo, os quadros alérgicos — rinite e sinusite, por exemplo — e as doenças no canal respiratório ou até mesmo auditivo — adenoidite (inflamação na adenoide), amigdalite, faringite, otite, entre outras — são comuns em pacientes que têm carne esponjosa. O tratamento é essencial para devolver bem-estar e qualidade de vida a essas pessoas.
O diagnóstico para identificar a carne esponjosa ou aumento das adenoides é bem simples. Em primeiro momento, é feita análise em consultório com auxílio da rinoscopia.
A rinoscopia é o procedimento em que o médico avalia as cavidades nasais com um equipamento especializado. Semelhante a uma pinça, o doutor faz a “abertura” das narinas para conseguir ter melhor visão das fossas nasais.
Na maioria dos casos, é possível observar a carne esponjosa com este procedimento simples e indolor. Entretanto, se houver necessidade, outros exames de maior complexidade podem ser prescritos pelo médico, como a endoscopia nasal, raio-X ou tomografia dos seios da face.
Na maioria dos casos, a rinoscopia e a endoscopia nasal são mais do o suficiente para encontrar o problema. Os exames de imagem normalmente são complementares e servem para eliminar (ou encontrar) outros problemas que podem estar causando os sintomas.
Lembrando que o histórico médico e familiar também são importantes no período do diagnóstico. É sempre importante eliminar variáveis e até mesmo identificar se os problemas de saúde não estão relacionados com condições clínicas diferentes.
O tratamento da carne esponjosa pode ser clínico com medicamentos para tentar diminuir o tamanho do órgão linfoide e cirúrgico, chamada no linguajar médico de adenoidectomia. Ela consiste na retirada da adenoide pela boca, o que dispensa a necessidade de cortes. Trata-se de um procedimento simples, que dura cerca de 30 minutos, requer jejum de oito horas e aplicação de anestesia geral.
No mesmo procedimento para a remoção da adenoide, comumente é realizada cirurgia para retirar as amígdalas, a depender de cada caso. O paciente é liberado no mesmo dia ou fica internado por uma noite. Se o quadro evoluir bem, é possível voltar às atividades normais no prazo de uma a duas semanas.
É importante ressaltar que a adenoidectomia não coloca em risco o sistema imunológico do paciente, pois o corpo conta com outros mecanismos de defesa. Quando realizada de maneira adequada e nas situações nas quais é recomendada, a adenoide não volta a crescer, o que representa um alívio às pessoas que sofrem com o problema.
Conforme mencionamos no início do artigo, a adenoide começa a regredir de tamanho a partir dos sete anos. Por essa razão, é fundamental uma avaliação médica para avaliar se a cirurgia da carne esponjosa realmente é indicada. Normalmente, o procedimento só é realizado em situações de obstrução grave do canal respiratório, o que gera problemas como sinusite de repetição e otite média.
Por outro lado, se o médico otorrinolaringologista entender que não há a necessidade de realizar a intervenção cirúrgica, o tratamento pode ser feito com antibióticos e corticóides — essa última opção é prescrita durante as crises. Afinal de contas, os sintomas tendem a desaparecer com a diminuição da glândula.
Os principais riscos da cirurgia para solucionar a hipertrofia da adenoide são: febre, inchaço no rosto, vômitos e sangramento. Qualquer um desses sintomas deve ser comunicado de imediato ao médico. É importante também seguir à risca os cuidados pós-operatórios para evitar infecções.
Importante informar que vômito de sangue escuro e até mesmo sangramentos são comuns até o período de 6 horas após cirurgia. Essa ocorrência é relativamente comum e não deve ser sinal de alerta.
Entretanto, ao passar o período de 6 horas, é importante consultar o doutor responsável pelo procedimento, como mencionamos. O ocorrido pode acontecer com crianças e adultos e não significa que houve problema durante ou após a intervenção cirúrgica.
Outro problema ou “risco” comum é a presença do mau hálito durante o período de cicatrização. Ao passar do tempo, esse “sintoma” é reduzido até sumir por completo (desde que haja boa higiene bucal).
Essa particularidade também é decorrência do processo de cicatrização da região operada e não indica — necessariamente — que há infecção local.
Na primeira semana, pelo menos, após a realização da adenoidectomia é preciso tomar alguns cuidados para o sucesso do procedimento. A recomendação é fazer repouso com duração de 7 a 14 dias, evitar movimentos súbitos com a cabeça, comer alimentos líquidos, pastosos e frios — de acordo com a solicitação médica —, afastar-se de locais aglomerados de pessoas e de pacientes com infecções respiratórias e atenta à medicação.
O uso de medicações analgésicas e até mesmo de antibióticos podem ser necessários, de acordo com a análise clínica. Em situações em que há febre, recomenda-se o uso de antitérmicos, com exceção da aspirina.
Lembrando que é altamente arriscado fazer a automedicação no período pós-operatório. Sempre tire suas dúvidas com o médico e respeite as prescrições, especialmente no caso dos antibióticos.
O uso desses fármacos garantem a proteção contra infecções e seu uso deve ser contínuo e pontual de acordo com a prescrição. Mesmo sem sintomas, seu uso é profilático e muito prudente.
Quanto aos pontos, eles caem naturalmente e não precisam de remoção manual. Mais uma vez, cabe uma conversa com seu doutor para saber quais foram as medidas tomadas para suturar as incisões realizadas pela cirurgia.
A maioria das pessoas passa pelo procedimento sem nenhum tipo de complicação. Tanto crianças quanto adultos apresentam uma recuperação descomplicada e livre de problemas que sejam impeditivos.
Com cerca de duas semanas é possível voltar gradualmente a ter uma vida normal, com menos repouso e com alimentação regular. Basta seguir as recomendações e o acompanhamento da forma planejada.
Ao identificar os sintomas da carne esponjosa, é importante procurar o médico otorrinolaringologista de imediato para realizar uma avaliação e entender qual a melhor forma de tratar o problema. Com a terapia medicamentosa ou a cirurgia, os desconfortos decorrentes da hipertrofia na adenóide desaparecem, e o paciente passa a ter uma melhor qualidade de vida.
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