Está próximo de se tornar papai ou mamãe? Ou conhece alguém que se encontra às vésperas de ter um filho? Para garantir a saúde do bebê logo depois que ele vem ao mundo, alguns exames precisam ser realizados de imediato — entre eles, o teste da orelhinha. Já sabe como funciona o procedimento e para que ele serve?
Se ainda desconhece ou sabe pouco sobre o assunto, devemos alertar que esse teste é primordial para identificar problemas auditivos nos bebês. Assim, caso o recém-nascido apresente alguma alteração no canal auditivo, o tratamento correto poderá ser iniciado, aumentando as chances de amenizar o quadro.
Neste post, explicaremos o que é o teste da orelhinha, qual sua importância, como é feito e qual o procedimento adotado em caso de alterações. Confira!
Quem tem filho pequeno sabe que, a cada dia, novas surpresas surgem. Especialmente para os pais de primeira viagem, é fundamental observar se o desenvolvimento auditivo da criança está normal. Os recém-nascidos se assustam com sons fortes, mas logo eles se acostumam e se sentem calmos ao ouvi-los.
Do terceiro ao quarto mês, os bebês ficam atentos e esforçam-se para imitar os sons. Já do sexto ao oitavo, tentam identificar de onde eles vêm e balbuciam. As primeiras palavras surgem por volta de um ano de idade, período em que eles também compreendem algumas ordens. Com um ano e meio, eles falam, pelo menos, seis sentenças.
Por sua vez, aos dois anos, as crianças tentam formar suas primeiras frases. Inicialmente, isso acontece com dois termos. Mas depois, por volta dos três anos, as frases englobam mais de três palavras. Essa é a fase em que elas também querem dar ordens. Para que todas essas etapas sejam concretizadas, porém, é essencial que a audição esteja perfeita.
O teste da orelhinha é uma triagem neonatal realizada ainda na maternidade, no segundo ou terceiro dia de vida do bebê. Feito nas duas orelhas, ele serve para identificar problemas auditivos precocemente. Gratuito e garantido por lei desde 2010, o procedimento deve ser executado antes da alta hospitalar.
Bebês que não nasceram em hospitais precisam realizá-lo antes dos três meses de vida. Nesse caso, se preferirem, os pais podem se dirigir a clínicas especializadas em otorrinolaringologia para solicitar o exame aos filhos. Ao antecipar o diagnóstico e o tratamento, o tempo de privação do sentido é reduzido, daí a importância do teste.
No caso de deficiência auditiva permanente, a intervenção antes dos seis meses de vida garante, em grande parte, um melhor resultado no desenvolvimento auditivo, da linguagem e da fala da criança. Por conseguinte, o processo de aprendizagem, a inclusão em círculos sociais e a qualidade de vida também são preservados.
O teste da orelhinha é feito enquanto o recém-nascido está dormindo. Um aparelho de Emissões Otoacústicas Evocadas provoca estímulos sonoros leves e mensura as respostas produzidas pela orelha interna do bebê. O registro ocorre por meio do computador, no qual um gráfico é emitido para a análise do funcionamento da cóclea.
Indolor, o teste dura de cinco a dez minutos. Ele não requer nenhum tipo de intervenção invasiva, como o uso de agulhas ou objeto perfurante. Esse mesmo procedimento pode ser repetido até o primeiro ano de vida, a fim de avaliar se a audição da criança está normal ou se é preciso realizar algum tipo de intervenção.
Se durante o teste da orelhinha forem observadas alterações, exames complementares precisarão ser realizados. Quando a variação ocorre em apenas uma orelha, é sinal de que o bebê apresenta líquido amniótico na região. Sendo assim, o mesmo exame precisa ser refeito depois de um mês.
Agora, se a alteração for identificada nas duas orelhas, o diagnóstico deverá ser confirmado. Será necessário investigar o tipo de deficiência auditiva para iniciar o tratamento adequado, que é feito com o otorrinolaringologista. Ele envolve, por exemplo, o uso de aparelho, a depender do tipo de deficiência.
Além disso, o acompanhamento com o fonoaudiólogo especializado em reabilitação auditiva deve ser realizado para analisar o desenvolvimento auditivo e da fala durante a infância. Vale lembrar que o diagnóstico precoce aumenta as chances de o sentido se aproximar do funcionamento da audição de uma pessoa normal.
O teste da orelhinha engloba a relação de exames neonatais que precisam ser realizados com o intuito de identificar e prevenir doenças precocemente. Os outros são o do olhinho, do pezinho e do coraçãozinho. É importante destacar que a cada mil crianças nascidas vivas, três apresentam algum problema na audição.
A falta de tratamento leva a consequências para toda a vida, desde preconceito e dificuldades no aprendizado e de relacionamento, até impedimento para conseguir melhores oportunidades no mercado de trabalho. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 278 milhões de pessoas têm perdas auditivas de grau moderado a profundo — 80% vivem em países em desenvolvimento.
Os problemas auditivos em crianças pequenas são oriundos, principalmente, de malformações congênitas, enfermidades genéticas e doenças infecciosas que afetam as mães gestantes, como toxoplasmose e rubéola. Veja, abaixo, quais são os fatores de risco:
Viu por que o teste da orelhinha é obrigatório e de suma importância? Se você está prestes a ser papai ou mamãe, fique atento à realização desse exame, combinado? Alerte, também, familiares e amigos que terão filhos a respeito da necessidade de realizá-lo. Caso algum problema na audição do bebê seja diagnosticado, as chances de atenuá-lo serão muito maiores.
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