Otologia

Cera no ouvido: quando é um problema e quando é proteção?

Entender a função da cera no ouvido ajuda a lidar melhor com algumas situações do cotidiano. A formação do cerume ocorre pela ação das glândulas sebáceas e o objetivo é proteger a saúde dos ouvidos. A cera impede a entrada de poeira e reduz a ação de microrganismos que podem comprometer a audição, além de provocar infecções.

Nesse contexto, vamos explicar a importância da cera no ouvido para que você saiba distinguir quando o acúmulo de cera pode ser um problema ou apenas uma proteção natural. Confira, ainda, os motivos pelos quais não se deve retirar a cera da parte interna do ouvido e o que fazer ao perceber que ela está em excesso. Acompanhe!

Por que a cera no ouvido é uma proteção?

O cerume é formado por diversas substâncias que ajudam a lubrificar as estruturas internas do ouvido, que são responsáveis pela audição. Contudo, a função da cera não se limita apenas a isso: ela também é importante para proteger os ouvidos contra a entrada de água, poluentes da poeira, grãozinhos de areia e, principalmente, de germes causadores de infecções.

Esse cerume também contém células mortas descamadas e restos de secreções corporais, que ajudam a formar uma importante barreira de proteção contra eventuais invasores. Logo, a formação da cera é um processo natural de defesa do organismo contra diversos elementos estranhos, que podem afetar a função dos ouvidos e colocar a saúde em risco.

Como é possível perceber que a cera está em excesso?

Curiosamente, o tipo de cerume produzido varia de acordo com a raça. Brancos caucasianos e afrodescendentes apresentam um tipo de cera mais amolecido. Entretanto, independentemente do tipo de cera no ouvido, há alguns sinais que indicam que ela pode estar em excesso e, com isso, comprometer a audição.

Observe os mais comuns e que exigem a busca de ajuda profissional para solucionar o problema:

  • sensação de perda de audição momentânea;
  • dificuldade progressiva para ouvir sons baixos;
  • vertigens ou sensação de perda do equilíbrio corporal;
  • zumbidos no ouvido, principalmente na parte da manhã.

Por que não é recomendado retirar a cera do ouvido por conta própria?

O cerume é muito importante para assegurar uma proteção eficiente do aparelho auditivo. Além disso, o cerúmen, como também é conhecido, funciona como um produto com característica “autolimpante”. Normalmente, a cera seca é removida para fora pela simples movimentação do maxilar durante a mastigação ou mesmo durante a fala.

Por isso, essa “limpeza” ocorre de forma muito natural, o que ajuda a compreender por que é somente essa cera que se acumula na parte externa da orelha que precisa ser removida. Contudo, isso deve ser feito com bastante cuidado: o ideal é limpar o ouvido apenas com a ponta de uma toalha molhada. 

A orientação médica é nunca utilizar cotonetes, pois eles empurram a cera para dentro do ouvido. Devido ao risco de perfuração da membrana timpânica, também não se deve utilizar nenhum tipo de elemento pontiagudo, como grampos de cabelos, palitos de fósforos ou similares.

Como você pôde perceber, a cera no ouvido desempenha uma importante função de defesa do organismo, incluindo a manutenção da qualidade da audição. Entretanto, caso surja algum problema, o ideal é procurar um otorrinolaringologista com a competência técnica e experiência dos profissionais da Otorrino Paulista.

Gostou deste artigo? Entre em contato com a Otorrino Paulista e conheça nossas soluções em saúde auditiva!

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