Laringologia

Saiba mais sobre a faringite e seus sintomas

O ar mais seco, observado principalmente no período do inverno, favorece o aparecimento de problemas na garganta. Entre as doenças que afetam a região, está a faringite. Você já deve ter ouvido falar nela, mas sabe do que se trata? Quais as causas, os sintomas e as formas de tratamento? Como preveni-la?

Existem diferentes tipos de faringite. Logo, os sintomas e o tratamento variam de acordo com as causas da enfermidade. Ao sentir incômodos persistentes na garganta, a recomendação é procurar o médico especializado para investigá-los. Com o diagnóstico adequado, é possível sanar de vez o problema.

Neste artigo, vamos explicar o que é faringite, as causas, os sintomas e as formas de diagnosticar, tratar e prevenir a doença. Acompanhe!

O que é faringite e quais as causas?

Faringite é a inflamação na faringe, órgão situado na garganta, o qual liga o nariz à boca e a laringe ao esôfago. Muitas vezes, ela é confundida com a laringite e a amigdalite, outras enfermidades que atingem a região. Vírus e bactérias acessam as vias aéreas e provocam a doença, mais observada na estação fria do ano.

A faringite viral é mais comum e pode ser causada por diferentes tipos de vírus, como o rinovírus, a parainfluenza e o adenovírus, entre outros. Sendo assim, costuma estar associada a outras doenças — gripe e resfriado comum, por exemplo.

Por sua vez, a faringite bacteriana é provocada pela bactéria Streptococcus pyogenes, comumente chamada de estreptococo do grupo A. Ela é mais rara e também mais grave. Inclusive, há o perigo de deixar sequelas como a febre reumática. Logo, tal enfermidade requer atenção especial por parte do paciente e dos médicos.

As causas da doença também estão relacionadas a fatores ambientais (poluição e clima seco, por exemplo), a alergias (faringite alérgica), ao surgimento de tumores, a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como gonorreia, e à contaminação pelo vírus HIV, o causador da Aids.

Qual a diferença entre faringite, laringite e amigdalite?

A confusão entre faringite, laringite a amigdalite se dá porque essas doenças têm sintomas parecidos (dor de garganta, por exemplo), além de serem provocadas por vírus e bactérias. Porém, cada uma das inflamações ocorre em regiões distintas e, portanto, requer cuidados específicos.

Entenda, de vez, quais são as diferenças entre essas enfermidades!

Faringite

Como vimos, é a inflamação ou a infecção da faringe.

Laringite

É a inflamação da laringe, situada no topo da traqueia e onde ficam as cordas vocais. Pode ser aguda (passageira) ou crônica (durar por semanas). Lesões nas pregas, tumores, consumo de bebidas alcoólicas, fumo, refluxo gastroesofágico e uso excessivo da voz favorecem a doença.

Entre os sintomas, vale mencionar a sensação de algo preso na garganta, a rouquidão, o pigarro e a afonia (perda total ou parcial da voz). O tratamento inclui repouso vocal, mudança na alimentação, uso de antibióticos e anti-inflamatórios e até mesmo cirurgia, em determinadas situações.

Amigdalite

É a inflamação ou a infecção das amígdalas, órgãos que ligam a boca à faringe. A doença está associada à imunidade baixa. Seus principais sintomas são dor de cabeça, perda de apetite, dificuldade para engolir, febre e mau hálito. O tratamento envolve a hidratação da garganta, gargarejos, o uso de antibióticos e remédios para controlar a temperatura corporal, bem como a cirurgia de remoção, se necessário.

Quais são os sintomas da faringite?

Agora que você já sabe o que diferencia a faringite da laringite e da amigdalite, conheça, a seguir, quais são os principais sintomas da inflamação na faringe:

  • dor de garganta;
  • tosse;
  • febre baixa (faringite viral) ou alta (faringite bacteriana);
  • coriza;
  • vermelhidão na garganta;
  • rouquidão;
  • redução do apetite;
  • dificuldade para engolir alimentos sólidos.

Como dissemos, a faringite bacteriana é mais grave, podendo provocar dores em todo o corpo, secreção de pus nas amígdalas e aumento dos linfonodos, os gânglios que ficam situados no pescoço e atrás das orelhas. Náuseas, vômitos, dores de cabeça e de barriga e, em alguns casos, dor de ouvido, também são observados.

Como é feito o diagnóstico da doença?

Existem diferentes modos de diagnosticar a faringite. Abaixo, apresentamos quais são eles. Veja!

Observação clínica

Consiste em observar a região da garganta para verificar se ela está irritada e apresenta edema e secreção. Quando os linfonodos estão muito inchados (acima de dois centímetros), a suspeita é de laringite bacteriana. Os médicos costumam apalpar o abdômen para identificar se há aumento do baço, o que pode ser sinal de outras doenças.

Análise de amostras de secreção

Para confirmar se a faringite é viral ou bacteriana, os especialistas utilizam um instrumento fino, parecido com um cotonete, a fim de retirar amostras de secreção da garganta. O material é enviado ao laboratório para analisar se há ou não a presença da bactéria estreptococos do grupo A.

Hemograma

É recomendado para fazer a contagem integral dos diferentes tipos de células presentes no sangue. Em geral, ele é feito quando o médico encontra placas brancas na garganta do paciente. Esse é um indicativo de que a doença tenha origem bacteriana, logo, existe um risco maior de agravamento.

Testes alergênicos

Por sua vez, os testes alergênicos são aconselhados nos casos de suspeita de faringite alérgica. Os exames devem ser solicitados por um médico especializado, ou seja, o alergologista.

Quais são os tratamentos disponíveis?

O tratamento para faringite é medicamentoso e varia de acordo com a origem do problema, ou seja, se ela foi provocada por vírus ou bactéria. Saiba, agora, quais são as alternativas disponíveis:

  • faringite viral: são receitados analgésicos e anti-inflamatórios, a fim de atenuar os sintomas. Beber bastante água é importante para ajudar na recuperação;
  • faringite bacteriana: são prescritos antibióticos, como penicilina, eritromicina e amoxicilina. A medicação é administrada por via oral ou injeção.

Vale ressaltar que o uso de pastilhas e própolis também ajuda a aliviar o incômodo na garganta.

Como prevenir a inflamação na faringe?

Algumas medidas simples são importantes para prevenir a faringite. São elas:

  • lavar bem as mãos regularmente. Na falta de água e sabão, utilize álcool em gel;
  • umidificar o ar residencial com o uso de aparelhos específicos;
  • evitar compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres;
  • não encostar a boca em telefones e bebedouros públicos;
  • higienizar frequentemente os objetos mais utilizados no cotidiano, como celular e teclado do computador;
  • evitar o contato com pessoas doentes. Se não for possível, use máscara de proteção de forma apropriada.

E então, tirou suas dúvidas sobre a faringite? Caso sinta os sintomas, não hesite em procurar o médico especializado. Ele é o profissional indicado para realizar o diagnóstico correto e recomendar o melhor tratamento. Lembre-se ainda de que a saúde é o nosso bem mais precioso e que o melhor remédio é a prevenção. Cuide-se!

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