Existe cura para papilomas nas cordas vocais?

Somente a ideia, a remota possibilidade, de estar com papilomas nas cordas vocais faz com que muita gente fique espantado e com muito medo. O receio e a preocupação exacerbados acontecem por três principais motivos: em alguns casos, a presença dos papilomas pode levar o paciente à morte; os estudos a respeito dessa doença ainda são muito recentes e quase não se fala dela. 

Assim, ao pesquisar sobre o assunto, é bem comum que o acometido ache que vai morrer, já que ele provavelmente nunca ouviu histórias de pessoas que passaram por algo semelhante e que conseguiram superar essa fase. Além disso, muitas pessoas têm medo de que o tratamento não seja eficaz. Dessa forma, mesmo que essa seja uma doença relativamente simples, ela assusta.

Conhecer mais os papilomas se torna uma das formas mais efetivas de se tranquilizar a respeito da situação. Sabendo mais sobre o que eles são, como eles são transmitidos, como é feito seu diagnóstico e como eles são tratados faz com que o futuro fique mais previsível e que essa não pareça uma doença tão pavorosa, principalmente porque é completamente possível uma pessoa conviver com os papilomas e ainda ter uma boa qualidade de vida. 

Papiloma nas cordas vocais: como reconhecer e tratar

A papilomatose laríngea, mais conhecida como papiloma nas cordas vocais, é uma doença caracterizada pelo aparecimento de uma ou mais neoplasia benigna (que são causadas pelo acúmulo anormal de tecido em determinada região) na laringe, que fica na garganta. Ela é gerada pela infecção do papiloma vírus humano, o HPV. 

As lesões epiteliais verrucosas que caracterizam o papiloma aparecem nas cordas vocais e geram dois principais sintomas: a disfonia, que é quando há alterações na voz, podendo fazer com que ela fique mais grossa ou mais fina do que o normal; e a dispneia, que é quando há falta de ar ou dificuldade para respirar. 

As crises podem acontecer de maneira frequente ou, caso haja um período de remissão, com grandes espaçamentos entre elas. Para todos os casos, é imprescindível uma grande atenção à situação pois existem quadros em que a falta de ar é tão grande que o acometido falece. 

Geralmente os papilomas aparecem com mais frequência em crianças, nesse caso, a transmissão acontece de mãe para filho. Uma outra faixa etária em que a doença aparece bastante é entre os 30 e 40 anos, nesse contexto, a transmissão ocorre por meio de relação sexual. 

Quando os papilomas aparecem em crianças, principalmente em bebês, é bem comum que os acometidos fiquem roucos e, em casos mais graves, precisem fazer uma traqueostomia de emergência, uma cirurgia que abre a garganta para que o paciente consiga respirar. Em adultos, as crises costumam ser mais leves, mas ainda é preciso acompanhar a doença e fazer o tratamento indicado. 

Mesmo que haja essa diferenciação entre as ideias, a gravidade do papiloma é determinada por características inerentes ao paciente, ou seja, alguns adultos podem apresentar um caso bem mais grave do que uma criança. Justamente por isso o acompanhamento é indispensável. 

Essa é uma doença descoberta recentemente e, por isso, não existe um tratamento que tenha sua eficiência seja completamente comprovada. Na maioria das vezes são realizadas algumas cirurgias para que os papilomas sejam retirados ou para que os pacientes consigam respirar melhor. 

Diagnóstico de papiloma de laringe

Ao sinal de qualquer um dos dois sintomas de papilomas (dispneia ou disfonia), a ida a um médico é indispensável. Assim, será possível que ele consiga identificar a doença de forma mais fácil e possa indicar um tratamento que faça com que a qualidade de vida do paciente seja a melhor possível. 

A partir da desconfiança de que há presença de papilomas na região das laringes, o médico irá fazer uma laringoscopia, que é uma exame em que uma câmera é inserida dentro da garganta do paciente para que o otorrinolaringologista consiga ver o que está ocorrendo naquela região. 

As características dos papilomas são bem típicas da doença  e, por isso, eles são relativamente fáceis de serem reconhecidos. Os papilomas parecem pequenos cachos de uva, que se assemelham a mini verrugas. Além disso, em cada uma das lesões costuma haver pintinhas brancas. 

Esses papilomas podem estar em pequenas ou grandes quantidades e afetar uma parte restrita da laringe ou estar espalhada por toda a extensão da garganta. É preciso, em primeiro lugar, fazer o diagnóstico do local exato que esses papilomas estão e qual a quantidade deles para, então, realizar sua remoção. 

Após a retirada dos papilomas, eles são levados para um processo de análise histológica. Se não for possível a realização da laringoscopia em crianças, por elas se mexerem muito, o médico pode optar por um outro exame que se chama nasofibroscopia. 

Alternativas terapêuticas

Como mencionado anteriormente, os estudos a respeito do aparecimento de papilomas na região da garganta ainda são muito recentes e, por isso, não existem tratamentos que sejam totalmente efetivos. O mais comum é que seja realizada uma microcirurgia de laringe, em que o médico removerá os papilomas com instrumentos frios ou com o laser. Esse mesmo procedimento também costuma ser utilizado para tratar cistos e outros tipos de lesões na laringe.

Apesar dessa prática diminuir consideravelmente o número de papilomas presentes, fazendo com que a dificuldade de respirar diminua ou cesse completamente, nem sempre é possível retirar todas as lesões de uma só vez. Além disso, existe a possibilidade de elas voltarem depois de um tempo. 

É preciso, ainda, considerar que esse tipo de tratamento pode deixar algumas sequelas nos pacientes acometidos com papilomas. As principais sequelas são a estenose e a formação de tecido de granulação. Entretanto, ambas consequências do tratamento não são graves e os pacientes conseguem lidar com elas. 

Apesar desses tratamentos não oferecerem garantia de 100% de eficácia serem a principal forma de acabar com os papilomas, os estudos farmacêuticos sobre essa doença estão progredindo cada dia mais. Assim, as expectativas são boas e a previsão é que já haja um tratamento por meio de medicamentos eficientes para pacientes que sejam diagnosticados com papilomas. 

Caso você desconfie que possa estar com papilomas ou com qualquer outra enfermidade que se relacione com a laringe, ou a região da garganta, dos ouvidos e da cavidade nasal, não deixe de conhecer os médicos otorrinolaringologistas que integram a equipe da Otorrino Paulista e agendar sua consulta. 

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