É possível tratar a perda auditiva?

Dificuldade para escutar o som ambiente ou compreender o que o outro fala são sinais de que há algo errado com o ouvido. Nessa situação, é fundamental procurar ajuda médica imediata para realizar o diagnóstico correto e prevenir sérios danos relacionados à perda auditiva.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que 360 milhões de pessoas em todo o mundo tenham algum problema de audição decorrente de causas diversas. Isso nos leva ao seguinte questionamento: é possível tratar os danos provocados no ouvido?

No artigo de hoje vamos apresentar tudo sobre a perda auditiva, os seus sintomas, os graus e tipos, e tratamentos que podem ser realizados. Acompanhe a seguir.

Principais sintomas

O principal sintoma que uma pessoa com perda auditiva passa a ter é a dificuldade de ouvir sons ao seu redor. A pessoa pode não identificar alguns estímulos que chegam até seu sistema auditivo e não ouvir os sons com boa clareza e distinção. Alguns sinais muito comuns em pessoas que estão sofrendo com perda auditiva são:

1 – Ouvir os sons com dificuldade para entendê-los;

2 – Pedir para que as pessoas repitam sua fala;

3 – Passar a fazer leitura labial durante suas conversas;

4 – Exigir um maior grau de concentração durante seus diálogos;

5 – Complicações quando estiver ao telefone ou ouvindo mensagens de áudio;

6 – Deixar os volumes de TV, rádio e demais aparelhos mais altos que o comum para poder ouvir bem;

7 – Passar a falar muito alto, acima da média que as demais pessoas no ambiente;

8 – Sentir uma sensação de que o ouvido está tampado;

9 – Ouvir pequenos zumbidos constantemente;

10 – Dificuldades para falar e ouvir em ambientes com muitos ruídos.

Todos esses sintomas podem ser percebidos nos momentos e diálogos mais simples do seu dia a dia, fique atento a esses sinais e na presença de algum deles, procure um médico especialista.

Graus e tipos de perda auditiva

Existem diferentes graus e tipos que podem ser utilizados para classificar as perdas auditivas. Esses graus são:

  1. Leve: Esse ocorre quando as pessoas conseguem ouvir sons apenas entre os 25 e os 40 decibéis. Isso torna a compreensão em espaço com ruídos mais complicada e a pessoa também não consegue ouvir sons ambientes.
  2.  Moderada: Na perda auditiva moderada a pessoa consegue ouvir acima dos 41 decibéis até um limite de 55 decibéis. Isso traz complicações em momentos de conversas em grupo, por exemplo.
  3. Acentuada: O sistema auditivo passa a ouvir os sons a partir de 56 dB, até os 70 dB. Em um quadro acentuado as pessoas apenas identificam sons muito fortes como latidos, eletrodomésticos ou crianças chorando. Nesses casos é necessário a utilização de prótese ou aparelho auditivo.
  4. Severa: Pessoas com perda auditiva severa apenas ouvem os sons a partir de 71 dB, até os 90 dB.
  5. Profunda: Nesse quadro a pessoa ouve apenas sons que estão acima dos 91 decibéis. A perda de audição profunda impede que a pessoa tenha uma boa compreensão da fala, atrapalhando em todas as comunicações dessa pessoa.

A perda de audição também pode ser classificada em tipos, de acordo com a região do ouvido atingida, esses tipos são:

  1. Neurossensorial: É um problema no nervo auditivo ou nas células ciliadas, localizadas no ouvido interno, os quais (em uma situação normal) comunicam-se entre si;
  2. Condutiva: Ocorre quando os sons não podem ser conduzidos do ouvido médio ao interno para serem transmitidos ao sistema nervoso;
  3. Mista: Trata-se da perda neurossensorial e condutiva ao mesmo tempo. Nesse caso, tanto o ouvido interno como o externo são afetados;
  4. Súbita: É caracterizada pela redução repentina na capacidade de ouvir.

Para que uma pessoa possa identificar se tem algum tipo de perda auditiva e em qual grau se encontra o seu quadro, ela deve procurar um médico para realizar um exame com um aparelho chamado audiômetro.

Como confirmar o diagnóstico?

Para confirmar o diagnóstico de perda auditiva e ter uma análise completa de seu quadro, a pessoa deve procurar um otorrinolaringologista. O médico irá avaliar os sintomas do seu caso e fará uma análise clínica, avaliando se há excesso de cera ou a presença de alguma infecção que possa ser o agente causador de sua perda de audição.

O médico especialista pode também realizar um exame de audiometria para analisar a resposta de seu sistema auditivo aos sons emitidos. Isso irá possibilitar que o médico tenha uma análise completa de seu quadro, entendo qual o grau de sua perda auditiva.

Possíveis causas

A causa mais comum de perda auditiva é a senilidade, esse é o quadro mais natural de perda auditiva. Esse quadro é chamado de presbiacusia. Porém a diminuição auditiva não ocorre apenas em idosos, o quadro pode surgir em crianças e adultos por alguns motivos como:

1 – Cera em excesso nos ouvidos;

2 – Acúmulo de líquidos e secreções no ouvido médio;

3 – Ter otites com certa frequência;

4 – Tímpano perfurado ou rompido;

5 – Longa exposição a sons muito altos, acima dos 85 dB;

6 – Quadro gerado a partir de outras doenças como diabetes, pressão alta, meningite, esclerose múltipla, entre outras;

7 – Utilização de medicações como diuréticos de alça ou quimioterapia;

8 – Presença de tumores no ouvido ou em outras regiões cerebrais que afetem a região.

9 – Quadro já existente de osteosclerose, doença onde o estribo não funciona como deveria, impedindo a passagem de som.

É possível tratar a perda auditiva?

Agora que você já sabe quais são os tipos de perda auditiva e suas principais causas, temos uma ótima notícia: sim, existe tratamento para curar ou amenizar os danos provocados no ouvido. Confira o que é indicado para cada caso!

  • Neurossensorial: A perda neurossensorial pode ser leve, moderada ou severa. Independentemente do grau, os danos no nervo auditivo ou nas células ciliadas não podem ser convertidos. No entanto, é possível lançar mãos de dispositivos que ajudam a amenizá-los pois amplificam o som de um ambiente. Pacientes que não têm boa resposta a essa alternativa podem recorrer a outras tecnologias, como o implante de ouvido médio ou o implante coclear, de acordo com prescrição médica.
  • Condutiva: Em geral, a perda condutiva varia do grau leve a moderado. Se o dano for temporário, o tratamento vai combatê-lo integralmente. Para isso, o especialista vai realizar procedimentos conforme a causa do problema auditivo. No caso de infecções, antibióticos são receitados ao paciente.
  • Mista: A depender de fatores como o grau dos problemas de audição e a anatomia do ouvido, o profissional vai recomendar o método mais adequado, que pode ser combinado a outros. As medidas podem envolver o uso de medicamentos, de aparelhos auditivos e implantes no ouvido médio ou até mesmo a cirurgia.
  • Súbita: A perda de audição súbita também é tratada de acordo com os motivos que levaram ao dano. Podem ser usados aparelhos auditivos ou implante coclear, a depender da decisão do otorrinolaringologista.

Tratamentos e intervenções para perda auditiva

Existem diferentes tratamentos e intervenções que podem ser indicados pelo otorrinolaringologista de acordo com o quadro de cada paciente, alguns dos principais tratamentos são:

  1. Lavagem de ouvido: A lavagem no ouvido é indicada para o paciente que tem um grande acúmulo de cera no interior do ouvido. O médico irá fazer uma limpeza com materiais adequados, evitando que a cera seja empurrada ou que o ouvido tenha ferimentos.
  2. Aspiração do ouvido: A aspiração no ouvido é feita quando existe água ou algum pequeno objeto no interior do ouvido. A presença desses corpos pode causar a perda de audição e a sensação de que o ouvido está tampado. É importante procurar um médico para que essa remoção seja feita da maneira correta
  3. Utilização de aparelhos auditivos: O aparelho é utilizado por pacientes que têm uma perda progressiva de audição, é muito comum o uso desse aparelho em idosos. É comum que a utilização desse aparelho se inicie quando a perda auditiva chega no ouvido médio da pessoa.
  4. Cirurgia no ouvido: Dependendo do quadro de perda auditiva do paciente, é necessária uma intervenção cirúrgica, combinado com outros tratamentos, como uma timpanoplastia por exemplo. Essas cirurgias geralmente são feitas através do canal auditivo, porém também podem ser realizadas através de um corte na parte de trás da orelha.
  5. Implante coclear: O implante coclear pode ser realizado quando o paciente se encontra em um quadro grave e a utilização de aparelho auditivo não trouxe bons resultados. O implante coclear é um aparelho inserido dentro do ouvido que irá captar o som e transformá-lo em impulsos elétricos, estimulando o sistema auditivo e possibilitando que a pessoa volte a ouvir.

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