Otorrinolaringologia

Conheça as 5 principais doenças de outono e saiba como tratá-las

O outono é a estação do ano que antecede o inverno e sucede o verão, sendo a intermediadora entre os dois períodos antagônicos. As suas características são bastante específicas: dias quentes e noites mais frias, com variações de temperaturas muito bruscas — fazendo com que seja o cenário ideal para a proliferação de doenças e irritações respiratórias. Neste artigo, vamos tratar das doenças comuns desta época do ano.

As doenças de outono são frequentes e recorrentes nesta época do ano, onde acontecem mais chuvas e alterações climáticas que ocorrem durante todo o país e é de suma importância saber quais são as doenças mais comuns. Conheça as 5 principais doenças e saiba como tratá-las.

Alterações climáticas são nada mais do que alterações na temperatura e no clima predominante de certa região, sendo que essas transformações acontecem a longo prazo e geram modificações bruscas. Elas são um fator que pode prejudicar a saúde durante um determinado período do ano, pois as características típicas da estação, como o ar mais seco e a poluição, prejudicam o desempenho das defesas naturais do sistema respiratório. Entre as doenças de outono, 5 delas merecem destaque, pois acontecem com mais frequência e são encontradas em todas as regiões do país. Elas são: amigdalite, faringite, sinusite, bronquite e gripe.

As doenças de outono despertam a necessidade de um cuidado maior nessa época do ano. É preciso evitar o contato com pessoas que estejam com infecções contagiosas, tomar bastante líquido e se alimentar adequadamente. No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quais são esses problemas.

Pensando nisso, elaboramos este post para que você fique por dentro das principais doenças de outono, assim como saiba o seu tratamento. Boa leitura!

  1. Amigdalite

A amigdalite, como o próprio nome já sugere, é a inflamação dos gânglios linfáticos que se localizam na parte lateral da garganta. A amigdalite é uma doença de outono ocasionada por vírus e bactérias e se caracteriza pela inflamação das amígdalas. O clima seco resseca as mucosas, diminui a resistência das amídalas e as torna um foco de infecção. A transmissão ocorre por gotículas lançadas ao tossir ou espirrar, ou a partir do compartilhamento de objetos pessoais. Se for devidamente tratada, a doença dura em torno de quatro dias.

Ela pode ser classificada como:

  • amigdalite bacteriana — exige do paciente um tratamento mais específico com o uso de antibióticos. Por essa razão, é essencial consultar um profissional capacitado para oferecer os medicamentos mais adequados;
  • amigdalite viral — causado pela infecção por meio de vírus das amígdalas. O quadro não é considerado tão grave e a previsão de cura é de até 5 dias.

Entre os sintomas mais comuns dessa doença de outono, podemos destacar a dor na garganta, dificuldade ao engolir, febre, dor de cabeça e no corpo, assim como o surgimento de nódulos linfáticos na parte do pescoço. ​Além da exposição ao vírus, pessoas mais jovens são mais propensas a desenvolverem a complicação do que as mais velhas, exigindo um cuidado maior com bebês e crianças mais novas.

O tratamento envolve medicamentos como a penicilina (benzetacil) e a amoxacilina. O tratamento da amigdalite bacteriana também inclui medicamentos de suporte para controlar os sintomas, como a dor e a febre. Dentre as medicações utilizadas estão a dipirona e o paracetamol.

  1. Faringite

A faringite tem os sintomas e tratamentos parecidos com o da amigdalite, fazendo com que a necessidade de buscar ajuda médica se torne ainda maior. A faringe tem como função conectar a boca com os dois canais da garganta, além do esôfago e a laringe. Ao inflamar, o paciente será acometido com a faringite, necessitando de cuidados especiais para que o quadro não se agrave.

A sua maior incidência está nos períodos de baixa temperatura, uma vez que as pessoas ficam em ambientes fechados, extremamente propícios para a sua transmissão. Além disso, o ar seco característico desses períodos é um fator propício para essas infecções.

A faringite pode ser facilmente confundida com outras doenças respiratórias justamente pelos seus sintomas. Geralmente, ocasiona febre, garganta avermelhada, inchaço no pescoço e dificuldades ao engolir. A rouquidão também é uma característica do paciente, assim como a perda de apetite.

Para o seu tratamento eficaz, é necessário identificar o seu tipo — que também pode ser viral e bacteriana — para que a medicação seja a correta.

  1. Sinusite

A sinusite é a inflamação dos seios nasais, região formada por cavidades ósseas nas proximidades do nariz. Existem dois tipos dessa doença:

  • aguda — cujos sintomas estão presentes em um período inferior a 12 semanas;
  • crônica — cujos sintomas estão presentes em um período superior a 12 semanas.

Pode ser causada tanto por agentes infecciosos quanto por fatores paralelos, como o desenvolvimento de alergia. Entre os fatores de risco que proporcionam maiores chances de desenvolver a doença, destacamos o desvio do septo nasal (tendo como consequência restrições ou bloqueios das passagens no seio nasal), infecções respiratórias (como a gripe), além do tabagismo e mudanças repentinas de altitude.

Entre os sintomas, os mais comuns são:

  1. perda olfativa;
  2. febre;
  3. dor facial;
  4. gosto amargo na boca;
  5. mau hálito;
  6. dores no maxilar.

O tratamento geralmente é feito por soluções nasais, remédios orais indicados pelo profissional, descongestionantes e antibióticos.

  1. Bronquite

A bronquite é uma doença causada por vírus e seu quadro causa a inflamação dos brônquios, que prejudica a ventilação dos pulmões. O paciente com essa doença tem acúmulo de secreção nas vias respiratórias, já que o muco não é mais eliminado.  Os brônquios são tubos que levam o oxigênio até os pulmões. Ao inflamarem, o paciente estará com quadro de bronquite. Também é encontrada em dois tipos: aguda e crônica. A primeira acomete especialmente crianças e pessoas mais idosas, enquanto a segunda é associada aos pacientes com asma e indivíduos com problemas respiratórios, muito associados ao consumo do cigarro.

Caso esteja com os sintomas de irritação na garganta, falta de ar, nariz congestionado, tosse com secreção, chiado e dores no peito, além de febre, é preciso procurar o médico, pois as chances de estar com essa doença são significativas. Ambientes muito poluídos, o uso frequente do ar-condicionado (que tem como consequência o ressecamento das vias aéreas) e o tabagismo são considerados alguns fatores de risco.

O tratamento consiste na hidratação das vias respiratórias, seja com inalação, seja com soro fisiológico. Para isso, é preciso utilizar umidificadores, que contribuirão para que o muco seja expelido e facilite a respiração.

No entanto, o tipo crônico exige um cuidado mais especial por parte do paciente, especialmente para evitar o contato com fatores de riscos já mencionados.

  1. Gripe

A gripe é uma doença infecciosa causada pelo vírus Influenza, afetando diretamente o trato respiratório. Ela dura, em média, uma semana, podendo chegar a até 10 dias em casos graves. O vírus circula em locais com concentrações de pessoas, sendo mais comum em épocas frias do ano. Talvez seja uma das doenças de outono mais conhecidas e facilmente confundida com todas as outras. É causada pelo vírus Influenza, muito contagioso e bastante propício em períodos mais frios, também pelo fato de ser transmitida em locais fechados onde as pessoas estão se protegendo das baixas temperaturas.

Entre os seus sintomas, os mais comuns são as dores musculares, febre, tosse seca e indisposição. Entre os fatores de risco, destaca-se a idade, sistema imunológico fraco, doenças crônicas, gravidez e obesidade.

Há remédios caseiros que podem diminuir os seus sintomas, como sucos e xaropes. No entanto, a consulta médica não pode ser subestimada, uma vez que ele entenderá qual é o quadro do paciente, além de receitar a medicação adequada.

Caso não haja o tratamento, a gripe pode apresentar complicações e desenvolver:

  • bronquite;
  • pneumonia;
  • problemas cardíacos;
  • infecções.

Como evitar e tratar as doenças oportunistas do outono?

Existem alguns cuidados que podem ser tomados para evitar as doenças do outono, auxiliando nos cuidados para que seu organismo não sinta os efeitos colaterais das oscilações de temperatura e do ar seco do outono e do inverno. Eles são:

  1. Lavar as mãos frequentemente: Uma boa higienização evita a proliferação de vírus e bactérias;
  2. Realizar lavagens nasais com soro fisiológico pelo menos três vezes ao dia: O trato nasal produz bastante secreções, realizar a limpeza dessas secreções ajuda a evitar a congestão nasal e elimina as sujeiras que as secreções acumulam;
  3. Manter hábitos saudáveis: Mantenha hábitos saudáveis como tempo de sono adequado, alimentação saudável e prática regular de exercícios físicos. Tudo isso ajuda a manter a imunidade em dia e evitar infecções;
  4. Ingerir bastante líquidos: Com o ar mais seco, é essencial beber bastante líquido e manter o corpo hidratado. Algumas doenças respiratórias surgem porque o ar frio deixa as vias aéreas mais secas, propiciando a instalação de vírus e bactérias;
  5. Umidificar o ambiente: Um ambiente úmido evita que as vias aéreas fiquem ressecadas;
  6. Manter as vacinas atualizadas: A vacinação contra a Covid-19 e as doses de reforço e as vacinas contra a gripe ajudam a aliviar os sintomas e evitam a evolução para quadros graves das doenças;
  7. Higienização de casa e roupas: A limpeza das roupas e doméstica (principalmente cobertores, carpetes e cortinas) evita a proliferação de bactérias, ácaros e fungos, proveniente de poeira. São eles que propiciam as alergias e doenças respiratórias.

O tratamento dessas doenças geralmente envolve repouso, ingestão de água e utilização de medicações para alívio dos sintomas. É indicado buscar acompanhamento médico. A Otorrino Paulista é uma clínica médica, especializada em Otorrinolaringologia, e pode ajudar no tratamento das doenças de outono.

Neste texto, você pôde ter acesso a 5 doenças comuns de outono. Nesse período, o ideal é ficar atento a qualquer um dos sintomas apresentados, especialmente em crianças e pessoas mais velhas, cujo sistema imunológico é mais fraco que o do restante das pessoas. Ao constatar uma dessas sensações, procure um médico, identifique o que tem sentido, o período em que os sintomas apareceram e busque pela melhor forma de tratamento.

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