Por causa do tempo seco e quente nessa época do ano, crianças e adolescentes buscam consultórios médicos se queixando de dor de garganta, febre e dificuldade para engolir. Saiba aqui quando você deve se preocupar, o que são as amígdalas, os cuidados necessários e muitos mais!
O que é amigdalite?
De maneira geral, a amigdalite é um processo no qual ocorre a inflamação das amígdalas normais, que são estruturas arredondadas localizadas no fundo da boca. Elas fazem parte do sistema imunológico do nosso corpo, responsáveis pela produção de anticorpos que atuam no combate a infecções e protegem a garganta contra a entrada de microorganismos.
Porém, é importante lembrar que as amígdalas não são consideradas essenciais na defesa do organismo.
Tipos de amigdalite
Existem 4 tipos de amigdalites. Saiba quais são e como ocorrem:
Bacteriana
Esse tipo é causada por bactérias, como o próprio nome sugere. Na maioria das vezes, a bactéria responsável pela inflamação é a Streptococcus. E neste caso, os sintomas costumam ser mais intensos.
Viral
Neste tipo, que é o mais comum, a amigdalite é causada pelos vírus Rinovírus e Influenza. Os sintomas e cuidados são mais brandos e, em geral, a inflamação dura em torno de cinco dias a uma semana.
Crônica
Ocorre quando a inflamação é recorrente, o que pode causar nódulos cervicais, popularmente chamados de “ínguas”, que é o aumento de tamanho de alguma estrutura do organismo. Este tipo é mais comum em crianças e pode ocorrer mais de uma vez ao ano.
Aguda
Esse último tipo de amigdalite ocorre mesmo sob a administração de medicamentos e está associado a uma dor de garganta com evolução rápida e pode persistir por duas semanas ou mais.
Causas da inflamação das amígdalas
Como já foi citado anteriormente, as amígdalas geralmente inflamam ao reagir a uma infecção, que pode ocorrer por diversos motivos, uma vez que elas estão expostas a infinitas partículas podendo, portanto, acumular resíduos e bactérias que causam essas infecções.
Sintomas
Entre os sintomas mais comuns de amigdalite, podemos destacar:
- dor de garganta;
- febre;
- rouquidão;
- rigidez no pescoço;
- dificuldade de engolir;
- dor de cabeça;
- mau hálito;
- tosse seca e irritativa;
- perda de apetite;
- mal estar;
- nódulos ou ínguas no pescoço;
- placas vermelhas ou amarelas nas amígdalas, localizadas no fundo da boca (quando a amigdalite é do tipo bacteriana).
Como ocorre o diagnóstico?
O diagnóstico é feito somente por um médico. Geralmente, o paciente busca primeiro um clínico geral, que se for um caso mais grave, encaminhará o paciente para um especialista em otorrinolaringologista.
No consultório, o médico usa um palito para conseguir empurrar a língua do paciente para baixo e, com a ajuda de uma luz, observa as amígdalas. Nesse primeiro exame, mais simples, já é possível dizer se elas estão inflamadas, se há pus e o mau hálito.
Caso esse primeiro procedimento não seja o suficiente para descobrir qual o tipo da infecção, o médico pedirá um exame de sangue e, com o resultado mais específico em mãos, é possível evitar o diagnóstico errado.
Complicações da amigdalite
Caso não seja tratada corretamente, a amigdalite pode ocasionar algumas complicações em caráter secundário. Entre elas estão: a febre reumática, no caso da amigdalite bacteriana, conhecida como “reumatismo no sangue”, que em sua forma mais agressiva pode levar a danos no coração.
Além desse mal, a surdez e problemas nos rins também são complicações que podem ocorrer em decorrência de uma amigdalite não tratada, ou tratada apenas parcialmente. Também há a incidência de septicemia e choque bacteriano, que são infecções no sangue.
Tratamento
A parte mais importante do tratamento talvez seja a ida ao médico, pois a busca por um especialista faz com que o diagnóstico seja correto e o tratamento mais assertivo e eficaz. O ideal é que a intervenção médica ocorra no máximo 48 horas depois do início dos sintomas.
É muito importante lembrar que não é indicada a automedicação, uma vez que ao tentar ministrar uma medicação por conta própria, o paciente estará sujeito a errar na dosagem do remédio e, dessa forma, a inflamação nas amígdalas não seja tratada como deve.
Outro ponto que precisa ser lembrado é sobre a transmissão da amigdalite. Pois, devido ao alto risco de contágio, principalmente entre pessoas do convívio familiar. E caso haja a incidência de sintomas em mais alguém, o médico deverá ser visitado novamente.
A remoção cirúrgica das amígdalas
Quando o tratamento com medicamentos não elimina a inflamação das amígdalas, o problema passa a ser de caráter crônico e interfere mais ainda no dia a dia do paciente. Nesse caso, o recomendado é a cirurgia de remoção das amígdalas.
A cirurgia de retirada das amígdalas normais deixa o organismo menos protegido, por deixar de contar com a ajuda das amígdalas no combate às infecções, uma vez que elas são a primeira barreira contra bactérias que querem invadir o organismo.
Os pacientes que fazem a amigdalectomia, operação para retirar as amígdalas, passam a estar propensas a desenvolver mais faringites, que é a inflamação da mucosa da faringe. Portanto, esse procedimento deve ser realizado apenas em casos graves.
A remoção das amígdalas, por meio de uma amigdalectomia, causa um trauma local, ou seja, na garganta e ocorre em diferentes níveis de inchaço. Também pode ocorrer algum tipo de obstrução logo nos primeiros dias após o procedimento causando falta de ar, dependendo da anatomia de cada paciente.
A amigdalectomia deve ser realizada de uma maneira menos traumática possível, pensando sempre no bem-estar do paciente. Assim como a cirurgia de retirada das amígdalas deve ser evitada, o excesso no uso de medicamentos, em especial os antibióticos, também requer atenção. Vale relembrar do que já foi dito anteriormente: procure um especialista o quanto antes.
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