O barulho da televisão, do celular e do latido do cachorro é tão comum e incorporado à nossa rotina que muitas vezes nem nos damos conta dele, não é mesmo? Para pessoas que sofrem de hipersensibilidade auditiva, no entanto, tais ruídos representam um grande incômodo. O jeito, então, é ficar em um ambiente o mais silencioso possível, certo? Errado. Quanto menor a exposição aos estímulos sonoros, mais sensíveis ficam os ouvidos de quem tem esse tipo de problema.
Neste post, você vai descobrir o que é hipersensibilidade auditiva, quais são os tipos, os sintomas, as causas e as formas de tratamento. Confira!
Hipersensibilidade auditiva é o incômodo ao ouvir os sons do ambiente, como o toque do celular e o latido dos cães. A maioria das pessoas é capaz de suportar barulhos de até 120 decibéis — a unidade que mede a intensidade sonora. Por sua vez, o limite de quem é hipersensível aos ruídos é de 90 decibéis. Isso significa que mesmo os sons baixos incomodam. Ao contrário do que muita gente imagina, a audição de indivíduos que têm hipersensibilidade é completamente normal. O problema é a tolerância aos sons, que é extremamente baixa.
Esse problema pode se apresentar de formas diferentes, por isso, é importante saber diferenciá-lo para buscar o melhor tratamento. Há três tipos de hipersensibilidade auditiva. Entenda!
É um problema que torna o indivíduo intolerante aos sons fracos e de média intensidade. Em casos mais graves, chega a atrapalhar o convívio com outras pessoas.
Em resumo, a misofonia é a hipersensibilidade a ruídos que se repetem, como o tique-taque do relógio, os sons do teclado, o barulho da chuva ou da torneira pingando.
A fonofobia é o medo de ouvir sons. Tal problema provoca crises de choro e sudorese, por exemplo. Pessoas com hiperacusia podem se tornar fonofóbicas.
Os principais sintomas da hipersensibilidade auditiva são os seguintes:
Sons comuns que não são altos, como risadas, latidos de cachorros e o tilintar de talheres, por exemplo, podem causar bastante irritação e dor em pessoas que sofrem com hipersensibilidade auditiva. Além disso, sintomas como zumbidos e dor de cabeça são agravados devido ao problema.
O zumbido é um problema auditivo em que a pessoa percebe um som, embora não haja uma fonte externa que o produza. Ele pode ser semelhante ao esvoaçar de insetos, chiado de televisão fora do ar, pulsações do coração, assobios ou com sons feitos por panelas de pressão e comprimidos efervescentes em um copo de água.
Indivíduos que sofrem com essa alteração escutam sons de maneira persistente. Além disso, eles se intensificam a noite, visto que não há outros barulhos externos para mascarar o zumbido. A hipersensibilidade auditiva pode agravar esse problema, ou seja, os zumbidos são percebidos com maior volume pelo indivíduo, causando extremo desconforto.
Já as causas estão relacionadas a fatores diversos. O componente genético é um deles. Sendo assim, pessoas com integrantes na família que sofrem com o problema estão mais propensas a desenvolvê-los. Abaixo, falaremos sobre as principais patologias associadas a hiperacusia ou hipersensibilidade auditiva.
A enxaqueca é um dos tipos mais incômodos de cefaleia ou dor de cabeça. As crises são muito recorrentes e a dor é de intensidade moderada a grave, ocorrendo somente de um lado da cabeça. Normalmente, esse sintoma é acompanhado de náuseas, vômitos, tontura, sensibilidade a luz e ao som e irritabilidade, entre outros, que varia de indivíduo para indivíduo.
A concussão é um tipo de trauma, caracterizado pela perda da consciência por um período. Esse evento pode provocar sérios danos à massa cerebral, comprometendo algumas funções, como também causar hipersensibilidade auditiva devido a trauma no ouvido, no tímpano ou em músculos localizados na região.
O transtorno de espectro autista, ou TEA, é caracterizado por comprometimentos na comunicação e linguagem, assim como na inteligência e comportamento social. É importante salientar que cada pessoa com autismo tem manifestações próprias, sendo que nem todas apresentaram disfunções na audição.
No entanto, a grande maioria dos indivíduos com transtorno do espectro autista têm uma alteração em seus sentidos, sendo hipersensíveis. Alguns, por exemplo, tem sensibilidade ao toque e incomodam-se com texturas. Já outras pessoas têm audição muito aguçada, não suportando ficar em locais com muita agitação ou barulhos repetitivos.
Infecções nos ouvidos que não são tratadas podem gerar a hipersensibilidade auditiva. A otite, que pode ser externa ou interna, é uma causa comum de sensibilidade auditiva, normalmente causada pela entrada de bactérias ou vírus. Outros agentes causadores são os danos ao cérebro — os quais prejudicam o processamento adequado dos sons — e até mesmo o estresse.
O tratamento contra a hipersensibilidade auditiva envolve o uso de medicamentos. Para aliviar as dores e a irritação ao ouvir os sons, podem ser receitados analgésicos. Já os ansiolíticos ou os antidepressivos são recomendados para controlar a ansiedade e o estresse do paciente que sofre com o problema.
A psicoterapia também é indicada para auxiliar as pessoas a lidar da melhor maneira com a hipersensibilidade no dia a dia. Outro método para tratar o problema é a terapia sonora, que consiste em submeter o indivíduo a determinados ruídos para que ele, com o tempo, se acostume com os sons em sua rotina.
Em casos mais graves, nos quais o paciente que sofre de hipersensibilidade tem algum grau de perda auditiva, a cirurgia pode ser aconselhada. O procedimento cirúrgico, no entanto, raramente é realizado.
Você sabia que a hipersensibilidade auditiva pode ser tratada durante o sono? Feito por meio da terapia sonora, o tratamento é indicado apenas para quem tem hiperacusia. Na hora de dormir, coloca-se um som agradável no ambiente para ser ouvido no decorrer de toda a noite.
O barulho de fonte de água é uma sugestão que funciona bem, assim como outros ruídos chamados de brancos, sendo usados para disfarçar a percepção de sons muito altos captados pelo ouvido da pessoa. Esse termo também é utilizado para qualquer outro barulho que ajude a pessoa a se distrair de ruídos incômodos.
Dessa forma, é possível habituar o cérebro a compreender que tal ruído, assim como os do dia a dia, não é agressivo. A dica é iniciar com uma intensidade sonora fraca e, aos poucos, aumentar até que o barulho não incomode mais.
No entanto, é fundamental procurar um profissional especialista no assunto, a fim de receber orientações e verificar a melhor opção de tratamento para o problema. Nesse caso, o otorrinolaringologista é o médico de escolha, visto que além de examinar o ouvido e suas estruturas, esse profissional é capaz de indicar exames específicos para verificar qual é a causa da alteração auditiva.
Então, entendeu o que é a hipersensibilidade auditiva? Se você ainda estiver com dúvidas pode deixar um comentário no espaço abaixo! Além disso, se você já passou por um tratamento para hiperacusia, escreva a sua experiência, relatando os pontos positivos e negativos!
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