A síndrome de deficiência da canal semicircular superior, que também é chamada de síndrome da janela aberta, foi descrita recentemente, há cerca de 20 anos atrás e é pouco conhecida. No entanto, ela pode provocar perda auditiva, problemas de equilíbrio, vertigem e nistagmo.
Confira, abaixo, o que é essa deficiência no canal semicircular do ouvido, seus sintomas, diagnóstico, tratamento e o que significa síndrome.
Antes de entender a deficiência de canal semicircular superior, é preciso esclarecer o que significa síndrome. A origem grega do termo síndrome é “reunião”. No campo médico, portanto, a palavra é usada como uma reunião de vários sintomas, que estão todos relacionados a uma causa.
No entanto, ao contrário da doença, o conjunto dos sintomas de uma síndrome não é específico, ou seja, não há um motivo definido ou já identificado para as suas manifestações clínicas.
Agora, é possível entender melhor a síndrome de deiscência de Canal Semicircular Superior ou SDCSS, segundo a sua abreviação. Ela é caracterizada pela vertigem e pelo nistagmo, que é o movimento involuntário de um ou dos dois olhos, associado à exposição a sons e barulhos intensos ou a alterações de pressão intracraniana e dentro da orelha média.
Em grande parte dos casos da síndrome do canal semicircular, ocorre a audiometria tonal (avaliação da audição da pessoa por meio de estímulos de som). Além disso, é comum também que o paciente com essa síndrome tenha somente uma perda auditiva e não apresente sintomas vestibulares, que estão ligados a problemas com o equilíbrio.
O diagnóstico correto dessa síndrome no canal semicircular é fundamental para um tratamento correto, evitando que uma abordagem médica incorreta. Por exemplo, o tratamento terapêutico e clínico inapropriado, que visa tratar vertigens comuns e problemas de audição isolados. Isso ocorre, pois ainda é uma síndrome descrita e identificada a pouco tempo, em 1998.
Além disso, o seu diagnóstico não óbvio, exigindo uma certa investigação do caso por parte do médico. Como consequência, muitos médicos não estão habituados a diagnosticá-las para que possam, então, oferecer o tratamento certo.
Essa é uma síndrome rara, que tem como motivo a deiscência do ouvido, isto é, uma “abertura” ou até ausência na camada óssea que recobre o canal semicircular superior. Assim como explicado no tópico “síndrome definição”, não há uma causa ou explicação precisa para a deiscência no ouvido. Apesar de haver indícios de que haver suscetibilidade genética é um fator que contribui para o aparecimento dessa síndrome.
Além de saber o que significa síndrome, é muito importante entender melhor o que é a deiscência no canal semicircular superior. Assim, você compreende, a fundo, essa condição, seu tratamento, possíveis causas e sintomas.
Esta é uma condição que provoca perda auditiva e também desequilíbrio, por conta da ausência de uma parte do osso temporal que recobre o canal semicircular superior, que é parte do sistema vestibular. A deiscência no ouvido pode ser resultante, além da genética, da erosão progressiva ou de um trauma físico para a base do crânio.
Os sintomas da deiscência no canal semicircular superior e, consequentemente, da síndrome de deficiência de canal semicircular superior. Veja alguns exemplos:
Algumas pesquisas feitas recentemente mostram que em cerca de 2.5% das pessoas, os ossos da cabeça desenvolvem apenas de 60% a 70% da espessura nos meses posteriores ao nascimento. Isso pode ser uma das explicações para essa síndrome no canal semicircular, uma vez que deixa a espessura do osso temporal, que separa o canal superior da cavidade craniana com só 0.5 mm de espessura.
Normalmente, esse tamanho é de 0.5 mm. Essa predisposição genética faz com que a região fique bem mais sensível e frágil. Assim, a pessoa se torna mais propícia a ter danos oriundos de uma trauma no crânio ou por ou erosão lenta e progressiva.
A deiscência no canal semicircular superior pode ser detectada por meio de uma tomografia computadorizada de alta resolução. Além disso, os diagnósticos abrangem outros testes, por exemplo, potencial evocado miogênico vestibular (VEMP), videonistagmografia (VNG), eletrococleografia (EcoG) e a cadeira rotatória.
Após o diagnóstico, o tratamento da deiscência no ouvido é feito com o tratamento cirúrgico do osso afetado ou tamponamento do canal semicircular superior
Talvez você nunca tenha ouvido falar na síndrome de deficiência do Canal Semicircular superior. Mas, pode ser que , pelo menos, você já tenha escutado algo sobre a síndrome da terceira janela, que é outro termo usado para denominá-la.
O termo é usado porque temos duas “janelas” na orelha interna. Isto é, a janela oval e a janela redonda. Ambas se cruzam na cóclea, sendo essenciais para que haja a percepção das ondas sonoras.
Já na parte mais interna da orelha está, justamente, o canal semicircular superior, que é revestido por uma camada fina óssea. Em uma pessoa com a síndrome de deficiência do Canal Semicircular superior há a formação de um espaço, ou seja, uma “janela”, chamada de terceira janela.
A síndrome de deficiência de canal semicircular superior ou síndrome da terceira janela é diagnosticada por um médico otorrino na clínica Otorrino Paulista.
Pacientes com essa condição podem ter a sua qualidade de vida afetadas de forma prejudicial, apesar de ser rara e pouco conhecida. Por isso, se sentir sintomas no sistema auditivo ou vestibular, que podem ser dessa síndrome, procure por um profissional especialista na clínica Otorrino Paulista. Temos otorrinos preparados para diagnosticar, investigar e tratar da forma correta essa síndrome. Entre em contato agora mesmo!
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