Você sabe o que é a tireoide? Sabia que ela é responsável por controlar os mais importantes órgãos do seu corpo? Quais são as possíveis doenças atreladas a essa glândula? Existe alguma relação entre coração e tireoide?
Hoje, iremos tirar todas as suas dúvidas sobre a tireoide e doenças do coração. Além disso, entenda a relação desse importante órgão do seu corpo.
A glândula tireoide e seus impactos em regiões como o coração. | Foto: Freepik.
A tireoide é uma pequena glândula localizada na parte frontal do pescoço, que apresenta um formato semelhante ao de uma borboleta. Essa glândula é responsável por produzir e regular dois hormônios muito importantes para o funcionamento do seu corpo: T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).
São esses hormônios que trabalham regulando o metabolismo, humor e controle emocional, na temperatura corporal, sono, frequência cardíaca, funcionamento do intestino, ciclos menstruais e funções cerebrais, como memória e concentração. Ademais, são responsáveis pelo desenvolvimento e crescimento das crianças e adolescentes.
Dessa forma, podemos notar que a tireoide, mesmo sendo pequena, exerce diversas e importantes funções em órgãos do nosso corpo, como coração, rins, cérebro e fígado, podendo afetar totalmente nossa qualidade de vida.
A tireoide tem impacto direto no funcionamento do coração. | Foto: Pexels.
Tanto o T3 quanto o T4 são hormônios que possuem ação direta no sistema cardiovascular humano, o que significa, em poucas palavras, que a tireoide está totalmente ligada ao coração. São eles que comandam os batimentos e a força das contrações do músculo cardíaco.
Sendo assim, se acontece algum tipo de desregulação ou disfunção desses dois hormônios, podemos ter problemas que estão ligados de maneira direta ou indireta ao coração, como o hipertireoidismo (excesso de produção do hormônio) e hipotireoidismo (deficiência de produção do hormônio).
De maneira resumida, caso ocorra essas disfunções na tireoide, o coração pode ser afetado de diversas formas, desde a produção de colesterol até o acúmulo de gordura nas artérias (aterosclerose) e infarto.
O hipertireoidismo é o aumento da produção dos hormônios controlados pela tireoide. Esse aumento faz com que o trabalho cardíaco também cresça, já que os tecidos passam a utilizar mais oxigênio, o que causa a maior liberação de produtos metabólicos e uma série de problemas no coração.
Os problemas mais comuns estão relacionados com insuficiência cardíaca, dilatação do coração, cansaço, ansiedade e irritação, intolerância ao calor, intestino solto, emagrecimento ou dificuldade no ganho de peso, sudorese, perda de apetite, arritmias e palpitações. Em casos mais graves e caso o paciente não seja diagnosticado ou realize tratamento, pode-se ter grandes riscos de AVC.
Enquanto em um temos o aumento, aqui a situação é totalmente ao contrário! O hipotireoidismo é o déficit da produção do hormônio da tireoide, que faz com que haja um enfraquecimento do coração e seus batimentos aconteçam de maneira mais lenta, que, por sua vez, terá impacto na redução generalizada dos processos metabólicos.
Tal problema na tireoide colabora para uma forma de “contração” dos vasos sanguíneos e aumento da pressão arterial, além de uma perceptível diminuição de resistência ao esforço físico.
Vale ressaltar que o hipotireoidismo é o problema mais comum relacionado a tireoide e coração, porém seu desenvolvimento ocorre de maneira mais lenta.
Dentre os principais problemas causados pelo hipotireoidismo, pode-se destacar o aumento do risco de infartos do miocárdio, aumento do colesterol e do LDL, dificuldade para emagrecer, comprometimento da memória, alterações de humor – que podem levar à depressão -, problema com o sono, pele ressecada, ciclos menstruais irregulares, queda de cabelo, frio anormal, inchaço de algumas regiões do corpo e cabelos e unhas quebradiças e finas.
Portanto, é possível perceber que ao falar de tireoide e coração, mais especificamente, hipertireoidismo e hipotireoidismo, os sintomas e problemas podem ser totalmente contrários e variados, sendo necessário, então, sempre um acompanhamento para checar se tudo está certo.
Independente de qual dos casos apresentados acima o paciente apresente, é comum um aumento da glândula tireoide, que é chamada de bócio, ficando com a região um pouco mais elevada.
O interessante é que geralmente os pacientes que sofrem dessa disfunção na tireoide apresentam uma combinação de sintomas citados acima, o que ajuda na identificação, uma vez que nenhum deles é exclusivo. O diagnóstico é comumente feito através do teste de dosagem do TSH (hormônio que controla a liberação do T3 e T4).
Pelo fato de que problemas na tireoide podem ter seu desenvolvimento em qualquer idade, mas principalmente nos mais velhos, o recomendado é que homens acima de 65 anos e mulheres a partir de 35 anos realizem o teste do TSH a cada cinco anos. Já nos idosos, é indicado que ocorra a triagem anual a partir dos 70 anos.
Os problemas na tireoide também podem ser genéticos, sendo assim, é importante que a gestante realize o teste e que os recém-nascidos passem pelo famoso teste do pezinho.
É importante ressaltar que se o paciente já apresenta algum tipo de problema na tireoide, a triagem deve ser feita com mais frequência, conforme as orientações de seu especialista.
Agora que você já sabe de todos os problemas que podem envolver a dupla tireoide e coração, é só ficar atento aos exames de rotina para chegar se está tudo bem.
As disfunções na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, o que significa que só porque não apareceu nenhum problema no seu primeiro exame, você pode optar por nunca mais fazê-lo. Pelo contrário, o acompanhamento é de extrema importância, uma vez que a região do coração é muito delicada e os sintomas podem aparecer de forma lenta.
Ainda não existe um consenso sobre o que pode desencadear esses problemas na tireoide. O que se sabe é que uma má alimentação, má formações congênitas, genética, envelhecimento, estresse emocional, falta de iodo e anticorpos estão entre as possíveis causas do desencadeamento de problemas na glândula tireoide.O uso de medicações para o tratamento de câncer ou hepatites e uso de anticonvulsivantes também podem colaborar para problemas no coração e tireoide.
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