Você já sentiu uma forte dor no rosto acompanhada por coriza e diminuição do olfato, por um período maior do que, aproximadamente, três meses? Se você já teve asma grave ou meningite, é provável que tenha desenvolvido rinossinusite crônica (RSC). Mas, afinal de contas, o que é isso?
A rinossinusite crônica é uma inflamação nas vias respiratórias de alta ocorrência. Entre alguns de seus sintomas estão: diminuição ou perda do olfato, dor ou pressão na face, nariz entupido, coriza e dor de cabeça. Diferente de outros tipos de sinusite, os sintomas duram, normalmente, 12 semanas.
Quais os impactos da rinossinusite crônica?
Em crianças, a rinossinusite pode diminuir o rendimento escolar e alterar o desenvolvimento infantil. Por isso, responsáveis e professores devem estar atentos aos sinais da doença para que ela seja tratada o mais rápido possível. Já nos adultos, causa perda da produtividade, além de alteração do humor.
Quais são as causas?
Fatores como asma grave, meningite e abcessos cerebrais, quando há acúmulo intracerebral de pus, são os responsáveis pela rinossinusite crônica. Ela também pode estar ligada à alergia, rinite alérgica ou não-alérgica, fibrose cística e a fatores anatômicos que obstruem o complexo ostiomeatal.
Segundo a otorrinolaringologista Dalila Araújo Mota (CRM 166242), “a rinossinusite crônica (RSC) está relacionada com diversas causas e pode ser classificada em 3 categorias: RSC sem pólipos, RSC com pólipos e RSC fúngica alérgica.” Quando questionada se a doença tem cura, a médica é direta: “Com uma avaliação individualizada, é possível controlar a doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e, em alguns casos, conseguirmos a cura.” Desse modo, se você já passou por algum desses casos e apresenta os sintomas da rinossinusite crônica, procure por atendimento médico em uma clínica de otorrinolaringologia, como a Otorrino Paulista.
Relação entre rinossinusite, asma e polipose nasal
A rinossinusite crônica pode manifestar-se junto com a polipose nasal, que é uma doença inflamatória que provoca obstrução e saliências nas paredes nasais. Além disso, ela também gera alteração no paladar e sensação de muco escorrendo pela garganta. Os pólipos, que formam a polipose, têm textura gelatinosa e coloração amarelo-acinzentado.
De acordo com a Dra. Dalila, a maioria dos casos ocorre em pessoas de idade mais avançada, principalmente, aquelas de 60 anos. “As causas podem estar relacionadas às doenças genéticas, metabólicas ou imunológicas. Mais um agravante do caso é que até 60% dos pacientes com pólipos nasais têm doença das vias aéreas inferiores, incluindo asma”, explica.
A rinossinusite crônica junto com a asma e a polipose nasal também causa a doença respiratória exacerbada pela Aspirina (AERD). Ela acontece com mais frequência em mulheres e na vida adulta. O efeito é a alteração no metabolismo do ácido araquidônico, responsável pelo crescimento das crianças e dos músculos.
Como é feito o tratamento?
Como existe três tipos diferentes de rinossinusite, o tratamento só pode ser determinado por um médico após a avaliação do paciente. Depois da análise clínica, o profissional poderá recomendar tratamento com antialérgicos, antibióticos, anti-inflamatórios, descongestionantes, entre outros. É importante procurar por ajuda especializada e não tomar remédios por conta própria.