Otorrino Paulista

A amigdalite é uma condição comum que afeta as amígdalas, causando inflamação e desconforto na garganta. Esta enfermidade pode ser desencadeada por diferentes agentes infecciosos, como vírus ou bactérias, sendo a infecção estreptocócica uma das causas bacterianas mais comuns. 

Os sintomas incluem dor de garganta intensa, dificuldade para engolir, febre e inchaço dos gânglios linfáticos do pescoço. Compreender as causas subjacentes e os tratamentos adequados é fundamental para aliviar os sintomas e prevenir complicações.

O tratamento para a amigdalite varia de acordo com a causa da infecção. Enquanto a amigdalite viral geralmente se resolve com repouso, hidratação e alívio sintomático, a amigdalite bacteriana pode exigir o uso de antibióticos prescritos por um médico. Além disso, medidas de autocuidado, como gargarejos com água salgada morna e descanso, podem ajudar na recuperação. 

Este texto explora detalhadamente as causas, sintomas e abordagens de tratamento para oferecer uma compreensão abrangente da amigdalite.

Entenda tudo sobre Amigdalite. | Foto: Freepik.

O que é amigdalite?

A amigdalite é uma condição médica resultando na inflamação das amígdalas, duas pequenas estruturas de tecido localizadas na parte de trás da garganta, uma de cada lado. As amígdalas são parte do sistema imunológico do corpo, favorecendo a combater infecções, mas às vezes podem ficar infectadas, levando à amigdalite.

Causada principalmente por infecções bacterianas ou virais, a amigdalite é comum em crianças, mas também pode afetar adultos. Os sintomas variam de leves a graves e podem incluir dor de garganta intensa, dificuldade para engolir, inflamação das amígdalas, inchaço dos gânglios linfáticos do pescoço, febre, dores de cabeça e mau hálito. Em alguns casos, podem aparecer manchas brancas ou amarelas nas amígdalas.

A amigdalite viral é geralmente causada por vírus comuns, como os da gripe ou do resfriado comum, e desaparece geralmente por conta própria. No entanto, a amigdalite bacteriana, especialmente causada pela bactéria Streptococcus pyogenes (estreptococo do grupo A), pode exigir tratamento com antibióticos para prevenir complicações.

O diagnóstico da amigdalite envolve um exame físico e, às vezes, testes adicionais, como swab da garganta para determinar a causa da infecção. O tratamento geralmente consiste em repouso, ingestão de líquidos, analgésicos para aliviar a dor e, se a causa for bacteriana, antibióticos prescritos pelo médico.

Em alguns casos, quando a amigdalite se torna recorrente e grave, ou quando não responde ao tratamento convencional, o médico pode recomendar a remoção das amígdalas em um procedimento cirúrgico chamado amigdalectomia.

É importante tratar a amigdalite adequadamente para prevenir complicações potenciais, como infecções recorrentes, abscessos periamigdalianos (acúmulo de pus ao redor das amígdalas) ou febre reumática, uma complicação rara, mas grave, que pode afetar o coração, as articulações e outros órgãos.

Medidas preventivas incluem lavagem frequente das mãos, evitar contato próximo com pessoas doentes, manter um sistema imunológico saudável por meio de uma alimentação equilibrada, exercícios regulares e descanso adequado, além de evitar o compartilhamento de itens pessoais com pessoas doentes para reduzir o risco de infecção.

Consultar um médico é fundamental se alguém suspeitar de amigdalite, especialmente se os sintomas forem graves, persistentes ou acompanhados por febre alta. O tratamento adequado pode aliviar os sintomas e prevenir complicações futuras.

Quais são os sintomas da amigdalite?

Os sintomas da amigdalite variam de acordo com a causa da infecção (bacteriana ou viral) e a gravidade da condição. Geralmente, os sintomas comuns da amigdalite incluem:

• Dor de garganta intensa: É um dos sintomas mais comuns. A garganta pode ficar muito dolorida, dificultando a deglutição.
• Inflamação das amígdalas: As amígdalas podem ficar vermelhas, inchadas e apresentar uma aparência inflamada.
• Dificuldade para engolir: Devido à dor e à inflamação, engolir alimentos e líquidos pode se tornar desconfortável e doloroso.
• Inchaço dos gânglios linfáticos do pescoço: Os gânglios linfáticos podem aumentar de tamanho e ficar sensíveis ao toque.
• Febre: A presença de febre é comum na amigdalite, especialmente em casos de infecção bacteriana.
• Mau hálito: A acumulação de bactérias e células mortas nas amígdalas inflamadas pode causar mau hálito.
• Manchas brancas ou amarelas nas amígdalas: Em alguns casos, pode haver o aparecimento de manchas de pus nas amígdalas, especialmente em amigdalite bacteriana.
• Dores de cabeça: A dor de cabeça é um sintoma que pode acompanhar a amigdalite, devido à resposta do corpo à infecção.
• Mal-estar geral: Pode-se sentir cansaço, fraqueza e indisposição devido à resposta do sistema imunológico à infecção.

É importante ressaltar que, se houver suspeita de amigdalite ou presença de algum desses sintomas, é aconselhável consultar um médico para obter um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento adequado, especialmente se os sintomas forem graves, persistentes ou acompanhados por febre alta. 

O tratamento adequado pode aliviar os sintomas e prevenir complicações futuras.

Quais são as causas da amigdalite?

A amigdalite pode ser causada por diferentes agentes infecciosos, sendo as causas mais comuns:

• Infecções bacterianas: O tipo mais comum de infecção bacteriana associada à amigdalite é causado pelo Streptococcus pyogenes, também conhecido como estreptococo do grupo A. Esse tipo de amigdalite bacteriana é chamado de faringoamigdalite estreptocócica. Outras bactérias menos comuns também podem desencadear amigdalite.

• Infecções virais: Vírus como adenovírus, rinovírus, vírus Epstein-Barr (causador da mononucleose infecciosa), vírus herpes simplex e vírus influenza (causador da gripe) podem causar amigdalite viral.

• Fatores ambientais e irritantes: Exposição a irritantes ambientais como poluição, fumaça, ar seco e alérgenos pode irritar as amígdalas, tornando-as mais suscetíveis a infecções.

• Contato direto com pessoas infectadas: A amigdalite é altamente contagiosa e pode ser transmitida por meio de gotículas respiratórias de pessoas infectadas, como espirros, tosse ou compartilhamento de objetos contaminados.

• Sistema imunológico enfraquecido: Um sistema imunológico enfraquecido devido a condições de saúde subjacentes ou fatores como estresse, falta de sono ou dieta inadequada pode aumentar a suscetibilidade a infecções, incluindo amigdalite.

• Idade: A amigdalite é mais comum em crianças, especialmente entre os 5 e 15 anos de idade, devido à maior exposição a vírus e bactérias e ao desenvolvimento do sistema imunológico.

É importante ressaltar que a amigdalite pode ser contagiosa, especialmente quando causada por infecções virais ou bacterianas, portanto, medidas de higiene, como lavar as mãos regularmente e evitar o contato próximo com pessoas doentes, são essenciais para prevenir a propagação da doença.

Se houver suspeita de amigdalite ou se os sintomas persistirem ou piorarem, é fundamental procurar orientação médica para diagnóstico e tratamento adequados. O médico pode prescrever antibióticos se a causa for bacteriana ou recomendar outras medidas para aliviar os sintomas, dependendo da causa subjacente da amigdalite.

Quais são os tratamentos para amigdalite?

O tratamento para amigdalite depende da causa subjacente da infecção (bacteriana ou viral) e da gravidade dos sintomas.

Os principais tratamentos para a amigdalite. | Foto: Freepik.

Aqui estão as opções comuns de tratamento para amigdalite:

Amigdalite Viral

• Autocuidado: Em muitos casos de amigdalite viral, o tratamento consiste em repouso, ingestão de líquidos, gargarejos com água salgada morna para aliviar a dor de garganta e uso de analgésicos de venda livre, como paracetamol ou ibuprofeno, para reduzir a febre e a dor.

• Alívio dos sintomas: Analgésicos ou anti-inflamatórios de venda livre podem ser usados para aliviar a dor e a febre. Pastilhas para garganta ou sprays anestésicos podem oferecer algum alívio temporário.

• Descanso e hidratação: Descansar o corpo e manter-se hidratado é fundamental para ajudar o sistema imunológico a combater a infecção.

Amigdalite Bacteriana (especialmente estreptocócica):

• Antibióticos: Se a amigdalite for causada por uma infecção bacteriana, especialmente estreptococos do grupo A, o tratamento com antibióticos, como penicilina ou amoxicilina, é comum para eliminar a infecção bacteriana e prevenir complicações.

• Cumprir o ciclo de antibióticos: É crucial tomar todos os antibióticos conforme prescrito pelo médico, mesmo que os sintomas melhorem antes do término do tratamento, para evitar que a infecção retorne e para reduzir o risco de resistência bacteriana.

Medidas Adicionais

• Amigdalectomia: Em casos recorrentes de amigdalite grave ou quando a condição não responde ao tratamento convencional, o médico pode recomendar a remoção cirúrgica das amígdalas em um procedimento chamado amigdalectomia.

• Hidratação e cuidados: Beber líquidos quentes ou frios, como água, chás ou sopas, pode ajudar a aliviar a dor de garganta. Além disso, evitar alimentos ásperos ou picantes pode reduzir a irritação das amígdalas inflamadas.

• Repouso e cuidados pessoais: Descansar bastante, evitar fumar, descansar a voz e usar um umidificador de ar podem proporcionar alívio adicional durante a recuperação.

• Tratamento sintomático: Analgésicos como paracetamol ou anti-inflamatórios como ibuprofeno podem ajudar a aliviar a dor e a febre. Pastilhas ou sprays para garganta também podem ser usados para aliviar a irritação.

• Cuidados preventivos: Evitar o contato próximo com pessoas doentes, lavar as mãos regularmente e cobrir a boca ao tossir ou espirrar podem ajudar a prevenir a propagação da amigdalite.

É essencial consultar um médico para obter um diagnóstico correto e um plano de tratamento adequado, especialmente se os sintomas forem graves, persistentes ou acompanhados de febre alta. O médico pode determinar se a causa é viral ou bacteriana e prescrever o tratamento apropriado.

A automedicação ou o uso indevido de antibióticos podem levar a complicações e resistência a medicamentos, portanto, seguir as orientações médicas é fundamental para uma recuperação adequada da amigdalite.

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